Darwin ainda surpreende

POSTAGEM. Berto. Robersonn Jhones, NOGUEIRA.

Quando se pensava que todo o espólio de Charles Darwin - o principal mentor da teoria da evolução das espécies – estava estudado, surge em Inglaterra um armário cheio de amostras e fósseis que lhe tinham pertencido. Entre os achados, encontram-se amostras recolhidas por Darwin, muitas delas recolhidas na sua viagem a bordo do HMS Beagle entre 1831 e 1836, onde realizou grande parte das suas observações científicas.

A descoberta acidental deu-se quando um paleontólogo de nome Howard Falcon-Lang, do departamento de Ciências da Terra do instituto Royal Holloway, que pertence à Universidade de Londres, abriu um velho armário de arquivo do British Geological Survey e constatou que, numa das amostras, estava uma etiqueta com o nome de Darwin. Reparou então que não era apenas naquela, mas em várias peças no interior, sendo a grande maioria de plantas fossilizadas.

Estes fósseis ter-se-ão perdido em 1846, numa altura em que um outro cientista, um botânico que trabalhava nas amostras de Darwin, Joseph Hooker, saiu do seu laboratório no British Geological Survey para um trabalho de campo no Himalaias. Durante o tempo que permaneceu fora, houve mudanças nos laboratórios e o armário foi enviado para outro departamento do British Geological Survey, perto de Keyworth, em Inglaterra, onde agora foi encontrado - em boa hora, diga-se.

Quem não cabe em si de contente é o responsável pelo British Geological Survey, que depois desta importante descoberta ficará a pensar o que mais haverá nas suas instalações que ainda possa surpreender, mais de uma centena e meia de anos após as viagens de Darwin.

Depois de ter sido feito um levantamento de todas as 314 amostras existentes no armário e de ter sido feito um registo fotográfico das mesmas, parte das fotos foram disponibilizadas no site da British Geological Survey, numa exposição que recebeu o nome de Darwin´s Lost Fossils e que pode ser vista - AQUI.