segunda-feira, 29 de novembro de 2010

DIVISÃO CELULAR: MEIOSE

POSTAGEM. Berto. Robersonn Jhones, NOGUEIRA.




Primeiramente, uma coisa que tem que ficar bem clara é que a meiose ocorreexclusivamente nas gônadas dos animais para formação dos gametas (óvulo e espermatozóide) e nos órgãos reprodutivos dos vegetais, formando a oosfera, grão de pólen e os esporos. Nesse processo, a quantificação cromossômica é reduzida à metade, ou seja, a célula mãe diplóide (2n), após a divisão, origina quatro células haplóides (n) e devido a isso se diz que a divisão meiose é do tipo reducional. A meiose é um mecanismo de divisão celular caracterizado por dois períodos distintos: um momento reducional (Meiose I- separação dos cromossomos homólogos) e outro equacional (Meiose II- separação das cromátides irmãs).

meiose é constituída por duas divisões celulares sucessivas no núcleo: Meiose I e Meiose II onde cada uma contém quatro subfases. Vamos analisá-las agora passo a passo.
INTÉRFASE: Antes do início da divisão propriamente dita (meiose I), as células passam por um processo semelhante ao que ocorre durante a intérfase das células somáticas (mitose). A cromatina se duplica, proteínas sinalizam que a divisão está para começar. Possue três fases: * G1 = Intervalo de tempo entre o final da meiose e o início da fase S * S = Fase de Síntese de DNA (DNA é duplicado) * G2 = Intervalo de tempo entre o final da fase S e o início da meiose Na intérfase o núcleo apresenta-se bem individualizado pela presença da membrana nuclear. Os cromossomos começam a se diferenciar, engrossando-se e tornando-se mais visível.
MEIOSE I ou REDUCIONAL: é subdividida em quatro fases, denominadas: Prófase I, Metáfase I, Anáfase I, Telófase I. PRÓFASE I Esta fase é de longa duração e muito complexa. Nela, os cromossomos homólogos (cromossomos iguais entre si) se associam formando paresocorrendo permuta (crossing-over) de material genético entre eles que é uma importante fonte de variabilidade genética nas populações com a formação de gametas recombinantes. Por ser uma fase longa, ela foi subdividida didaticamente em cinco subfases:leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese.
Leptóteno (leptos = fino): É a fase inicial da prófase da primeira divisão meiótica. Os cromossomos, devido à sua espiralização, ficam visíveis. Apesar de duplicados desde a interfase, aparecem ainda como filamentos simples, bem individualizados. Os cromossomos iniciam a sua condensação (espiralização).
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Zigóteno  (zygos = par): A condensação continua e os cromossomos homólogos se juntam formando pares (emparelhamento), evento conhecido como emparelhamento de cromossomos homólogos ou sinapse cromossômica. 

Paquíteno  (paquis = espesso): É um estágio de progressivo encurtamento e enrolamento dos cromossomos que ocorre após o pareamento no zigóteno ter sido completado. Pareados e mais condensados, os cromossomos evidenciam suas duas cromátides e o par terá quatro cromátides lado a lado (tétrade). Ocorre o fenômeno da permutação ou crossing over, troca de conteúdo. 




Crossing Over: 

Diplóteno: Nesta etapa os cromossomos começam a se separar, mas permanecem unidos nos pontos das cromátides onde se formam as permutações, os quiasmas. Embora os cromossomos homólogos se separem, seus centrômeros permanecem intactos, de modo que cada conjunto de cromátides-irmãs continua ligado inicialmente. Depois, os dois homólogos de cada bivalente mantêm-se unidos apenas nos pontos denominados quiasmas (cruzes). Os quiasmas representam as regiões em que houve a troca de pedaços (quiasmas)



Diacinese (dia=através/cinese=movimento): Neste estágio os cromossomos atingem a condensação máxima. Ocorre a terminalização dos quiasmas, isto é, seu deslizamento para as extremidades dos cromossomos e sua completa separação. A carioteca desintegra-se e o nucléolo desaparece, ficando os cromossomos soltos no citoplasma. Cada cromossomo do par de homólogos se liga, através do centrômero, às fibras do fuso acromático que se dirigem a um dos pólos celulares.


Resultado final da Prófase I: características principais – pareamento dos cromossomos homólogos e crossing over (eventos que não ocorrem na prófase da mitose).

METÁFASE I: Os cromossomos homólogos, ainda emparelhados, ocupam a região equatorial da célula, presos às fibras do fuso acromático que emergem de centríolos opostos. Nesta fase, os cromossomos atingem a sua condensação máxima (maior que alcançada na mitose).
ANÁFASE I: Os cromossomos homólogos separam-se, pois são movimentados pelas fibras do fuso acromático que encurtam-se.Os cromossomos são direcionados para os pólos opostos da célula (disjunção). Como ainda não ocorre a duplicação dos centrômeros, as cromátides irmãs seguem juntas para o mesmo pólo.




TELÓFASE I : Os cromossomos chegam aos pólos ainda duplicados, formandos por duas cromátides presas pelo centrômero. O citoplasma se divide, formando duas células-filhas. Como não possuem homólogos, essas células são consideradas como haplóides e essa divisão, reducional. A carioteca se reorganiza surgindo dois novos núcleos ocorrendo a citocinese; os cromossomos se desespiralizam, reaparecem os nucléolos, desorganiza-se o fuso acromático, os centríolos duplicam-se, o citoplasma se divide e são originadas duas células haplóides.


INTERCINESE: No intervalo entre a meiose I e II, ocorre a intercinese, cada uma das duas células iniciará a divisão II. Não haverá duplicação dos cromossomos, já constituídos por duas cromátides. Fase que vai desde o final da primeira divisão até o início da segunda divisão. Essa fase difere da intérfase por não ocorrer a replicação da informação genética, tal como ocorre na intérfase.

MEIOSE II (EQUACIONAL)
A Meiose II é extremamente semelhante à Mitose. Nesta fase acontecerá uma série de eventos com as duas células–filhas formadas pela meiose I que culminarão com a formação de quatro células. Essas quatro células terão o mesmo número de cromossomos que as duas células que lhes deram origem (por isso o termo equacional). Só que ao invés dos cromossomos serem duplicados eles serão simples. A formação de células haplóides, a partir de outras células haplóides só é possível porque ocorre, durante a Meiose II, a separação das cromátides que formam as díades (cromátides irmãs). Cada uma dessas cromátides dirige-se para um pólo diferente e já passa a se chamar cromossomo-filho. As fases da Meiose II são: Prófase II, Metáfase II, Anáfase II e Telófase II.
PRÓFASE II


É bem simplificada, visto que os cromossomos não perdem a sua condensação durante a telófase I. Os cromossomos condensam-se, desaparecem os nucléolos, os centríolos duplicados ocupam pólos opostos na célula, surge o fuso acromático, a carioteca desorganiza-se e os cromossomos espalham-se pelo citoplasma, prendendo-se às fibras do
fuso acromático pelo centrômero. 
METÁFASE II
Os cromossomos ligados ao fuso são transportados ao equador (centro) da célula formando a placa equatorial. Observe que como não há mais homólogos nas células eles se dispõem um sobre o outro, como na mitose.






ANÁFASE II Devido a tração do fuso em sentidos diferentes ocorre a quebra do centrômero e as cromátides irmãs são separadas. 

TELÓFASE IIReaparecimento da carioteca e do nucléolo, descondensação cromossômica, ocorre a citocinese e formação de quatro células haplóides e geneticamente diferentes. Cada célula dessa meiose irá conter um grupo de cromossomos não homólogos.




Um comentário:

O que Provoca um DESMAIO ?

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